São poucas as bandas desenhadas que nos marcam e fazem pensar, ao ponto de mudar mesmo, a nossa maneira de ver o mundo. Pelo menos, eu já há muito tempo que sigo diversos tipos de banda desenhada. Desde os comics americanos, às histórias mais profundas da velha Europa, terminando com os variados estilos asiáticos, dos quais o Manga é o mais conhecido. E diria que embora muitas vezes, sejam excelentes obras de arte, com desenhos absolutamente fantásticos, personagens de enorme profundidade e histórias extremamente complexas e bem trabalhadas. Na sua maioria, são apenas formas de entretenimento puro, incapazes de nos fazer pensar sobre a vida real de uma maneira diferente e que, apesar de nos prenderem durante bastante tempo às mesmas e nos proporcionarem grandes momentos de satisfação, raramente tocam em temas que nos marquem ou deixem a pensar profundamente. No entanto, por vezes encontramos pequenas pérolas que o fazem de forma brilhante. Ou porque falam de algo que nos toca de uma maneira que simplesmente não estaríamos à espera, ou porque falam de um tema tão real e tão próximo de nós, que apesar de quase nunca repararmos nele, quando somos chamados à atenção do mesmo, percebemos o quão “cegos” temos sido.
Esse é o caso de Angel Densetsu, um manga de Yagi Norihiri, que eu vi há já algum tempo e me fez pensar profundamente. Sobre a maneira como eu olhava e julgava os outros à minha volta, muitas vezes sem sequer me aperceber.
Capa do primeiro volume de Angel Densetsu de Yagi Norihiro.
Retirada de: http://mangafox.me/manga/angel_densetsu
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